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  • Foto do escritorDanielle Lins

Comunicação, marketing e gestão com 'If I Only Had Christmas' – parte 2

Atualizado: 2 de mar. de 2022

É gente, acho que acabei me empolgando demais nos insights! (risos) Mas como prometido estou compartilhando agora a segunda parte do post sobre o filme 'If I Only Had Christmas' (Se o Natal fosse meu).


Só reforçando, para você que ainda não assistiu já faço um alerta que este post contém spoiler, se assim como eu você costuma ler resenhas com spoiler então continua comigo, do contrário sugiro que assista ao filme primeiro e depois passe aqui no blog. Vem conferir!


Relacionamento com a imprensa

Criar condições e estreitar o relacionamento com veículos e profissionais de imprensa para a veiculação e divulgação do assessorado é um dos papeis do trabalho da assessoria de imprensa, dessa forma faz-se necessário normatizar o contato com a mídia estabelecendo um responsável como fonte principal. No filme, evidencia a insistência de Darcy em convencer William Austin/Glenn Goodman a dar entrevista, e o trabalho dela em criar estratégia de mídia visto que ele é resistente à imprensa, um anti-publicidade e anti-entrevista.


Darcy: Se disser sim agora poderíamos ter o comunicado à imprensa para você até a hora do almoço.

William/Glenn: Não. A Fundação é o seu cliente, não a AI.

Darcy: Mas a história é sobre a AI impulsionando o acesso à internet em todo o país! Daria a você e a sua Fundação uma mídia positiva e necessária.

William/Glenn: Que dada a nossa atual situação parece um pouco desesperado.

Darcy: Você sabe que se não assumir o controle da narrativa alguém vai!


O assessoramento ao cliente é fundamental também no serviço de assessoria de imprensa. Na cena em que Darcy acompanha o primeiro contato da diretora de Políticas, drª Bridget, com a repórter é possível identificar a estratégia de utilizar um gancho com uma temática “fofa” para atrair a imprensa, porém durante o encontro, Darcy conduz a pauta para a real necessidade da Fundação despertando o interesse da repórter em fazer uma matéria completa mostrando o trabalho nas escolas.


Darcy: É, está ótimo, mas francamente não é o bastante. Como a drª Bridget estava dizendo, somos muito gratos pelas doações, mas é só uma gota no oceano comparado ao que precisamos.

Bridget: Na verdade, nossa mais recente análise mostra que o material é muito menor que os nossos problemas...

Darcy interrompe: Sabe uma coisa que seria ótima para o Natal? A drª entregando as sacolas de Natal para algumas escolas locais essa semana. Você deveria ir junto, entrevistar os professores, ela vai te dá informações privilegiadas.

Repórter: É a segunda história que me consegue hoje, Darcy. Você é a melhor!


É claro que na prática, na correria de um programa de TV, numa redação de jornal não funcionaria exatamente assim, vamos dar um desconto já que é ficção.


Media Training por 1 dia

Aos profissionais de treinamento de mídia não me julguem! Sei perfeitamente que não é viável em um curto período do dia obter resultados significativos no serviço de media training para quem não se sente totalmente à vontade com a câmera, requer um trabalho mais intensivo, porém, como se trata de ficção, tudo é possível, não é mesmo? Nesse caso, Darcy orienta o diretor de Pesquisa de Arte, Riley, a praticar as respostas da entrevista fazendo algo que ele se sinta mais relaxado.


Na primeira dica, ela sugere: “Imaginar a audiência pelada ajuda algumas pessoas, mas nem todo mundo. Às vezes, eu gosto de praticar enquanto faço alguma coisa relaxante como cozinhar ou dançar...” E Riley, começa a praticar suas respostas para as possíveis perguntas da repórter dançando. “Então a repórter vai te perguntar: Por que desfile de Natal? Por que não um musical de primavera ou um show de verão?” – Darcy para o diretor de Pesquisa de Arte, Riley, enquanto ele dança.


Longe de mim fazer com que os dois posts sobre o filme induzam a você a acreditar que a condução do trabalho e a criação de estratégias e ações elaboradas pela protagonista estejam totalmente corretas. Enquanto comunicadora, a minha proposta é que diante dessa história possamos trazer um olhar mais analítico para o conteúdo que consumimos e aproveitar para aprender com ele. Em relação ao filme, analisar e entender a dinâmica apresentada ao tratar de assuntos como comunicação, marketing, liderança e gestão em uma comédia romântica.


E verdade seja dita, a protagonista Darcy, mesmo que às vezes, cometesse o equívoco de não ter conhecimento profundo sobre o cliente, ela apresentava as propostas do plano de mídia com segurança a partir do conhecimento técnico e experiência profissional tendo como desafio maior “educar” e “abrir a mente” dos funcionários da Fundação e, principalmente, do CEO para o trabalho dela.


Em meio à crise foque na solução

O enredo também descreve as dificuldades e atritos enfrentados pela protagonista enquanto profissional da área de comunicação, o que exige dela a pensar rápido de forma estratégica, propor soluções imediatas e, principalmente, a não se abater em meio a tudo que experimentava.


Por exemplo, na diferença de opiniões com a diretora de Políticas, drª Bridget, (cena descrita no post anterior) Darcy não fez birra ou levou para o lado pessoal, pelo contrário, ela analisou a situação e percebeu que precisava realmente aprender a se envolver com a história da Fundação, que naquele momento era seu cliente: “No outro dia você me fez pensar, aprender a realmente se envolver, e você certamente me fez ver o total. Então se eu sei de alguém que faz as pessoas se importarem essa pessoa é você” – Darcy para a diretora de Políticas, drª Bridget.


Liderança e gestão

Sobre liderança e gestão no filme, ressalto dois pontos: o primeiro é a falta de liderança de William Austin/Glenn Goodman enquanto CEO da AI, além de ser resistente à mídia, também nunca se apresentou para os funcionários da própria Fundação, os quais ficaram surpresos ao verem o vice-presidente de Comunicações da AI pela primeira vez. “Eu acho que o seu chefe é tão fora de alcance com a sua própria caridade que ele fica lançando um monte de computadores para os alunos de baixa renda que se quer têm acesso à internet estável” – diretora de Políticas, drª Bridget, para William Austin/Glenn Goodman enquanto vice-presidente de Comunicações da AI.


Quando Darcy propõe estrategicamente que William Austin/Glenn Goodman discurse no dia do baile, o 10º aniversário da Fundação Esmerald, a chefe do Financeiro da AI, Winona, não concorda com a exposição do CEO da Companhia: “Mas por que eu estaria com medo de ver o chefe do meu chefe? Que tipo de cultura é essa?” – diretor de Pesquisa de Arte, Riley, para a chefe do Financeiro da AI, Winona.


O segundo ponto é a postura de Darcy como líder. Ela desperta confiança nos funcionários, tem a habilidade de reverter situações negativas ao seu favor, costuma elogiar as pessoas com quem trabalha, destacando seus pontos fortes, e o mais importante: acredita verdadeiramente no potencial delas. “Uma publicitária que não só empurra as pessoas para os holofotes, mas põe sua pele em jogo para um cliente, é alguém que podemos confiar cegamente para qualquer coisa” - William Austin/Glenn Goodman para Darcy.


No decorrer da história percebemos que o personagem de William Austin/Glenn Goodman passou a vida toda se escondendo, se protegendo de um mundo que para ele não parecia justo ou digno de confiança, mas Darcy consegue mostrar a ele que grandes lideranças exigem empatia, visão e transparência: “Todos nós temos responsabilidade em guiar pelo exemplo. Existem maneiras de manter o legado do seu pai sem estar sob os holofotes, mas o CEO é o líder da empresa” – Darcy para William Austin/Glenn Goodman.


O que leva William Austin/Glenn Goodman a repensar suas atitudes: “Acho que a Darcy está no caminho certo... Nos desconectamos do porquê fazemos isso, não podemos ter medo de ficar pessoal. O George (o pai dele) não comanda mais nada! Agora se vamos mudar a percepção da AI temos que conhecer as pessoas que trabalham para nós de novo. Eu estou começando aqui, é minha estratégia” – William Austin/Glenn Goodman para a chefe do Financeiro da AI, Winona.


A mudança é notória no dia do baile anual de doadores, quando William Austin/Glenn Goodman convida cada funcionário para subir no palco e ele destaca as principais características de cada um: “Pelas últimas três semanas, eu tive o prazer de observar essa Fundação trabalhando e o que eu vi com certeza me tocou. O brilhantismo da Jackie não pode ser exagerado ou contido. Pela diversão desta noite agradeça a nossa diretora de Políticas, Bridget, ela é o coração da Fundação. Não há dúvidas sobre o talento do Riley, mas o que mais me impressiona é a sua coragem, ele luta pelas crianças com cada fibra do seu corpo. E por fim, obrigado senhorita Darcy, ela graciosamente ofereceu três semanas de trabalho de caridade na nossa mais importante temporada, o Natal. Quando ela chegou aqui, vindo do Kansas, nós não sabíamos o que esperar, mas ela nos ajudou a se reconectar com o nosso senso de admiração, coração e coragem. Estou orgulhoso dessa campanha, dos alunos e dos professores que apoiamos”.


Desse jeito, até se torna simples falar de comunicação, marketing e liderança, né? E você, já assistiu ao filme? Conta nos comentários quais insights você teve.




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