Nesta semana (26), a empresa Magazine Luiza, através do seu perfil no Instagram, compartilhou uma imagem em que aparece a Lu, influenciadora digital 3D da rede varejista, segurando uma placa com a seguinte frase: “Ei, moça! Finja que vai fazer compra no app Magalu. Lá tem um botão para denunciar a violência contra a mulher”.
Logo o post viralizou... Dei uma stalkeada nas mídias sociais da marca [brinks], apenas no Instagram já são mais de 3 milhões de seguidores e, somando a quantidade de seguidores no Facebook, Instagram e YouTube, totalizam mais de 14 milhões. Pouca coisa não é!
Este artigo pretende te trazer insights a partir dessa ação específica de marketing digital associada às técnicas de storytelling para você utilizar no seu conteúdo. Continua comigo até o final!
Storytelling e mídias sociais tudo a ver
Storytelling é um termo em inglês, utilizado frequentemente nas áreas de marketing e publicidade, "Story" (história) e "telling" (contar), ou seja, é uma habilidade de contar histórias usando técnicas e recursos audiovisuais para produzir um enredo e uma narrativa bem elaborados e envolventes de caráter persuasivo.
Não é de hoje que o storytelling facilita a comunicação entre a marca e o consumidor. Fazer uso dessas técnicas possibilita criar uma narrativa mais esclarecedora para o receptor, uma proposta convidativa para o meio digital, não acham? Principalmente se atrelarmos à estratégia de marketing de conteúdo, pois teremos: construção de personagens, de narrativas e de posicionamentos.
O gerente de mídias sociais da rede varejista, Pedro Alvim, costuma enfatizar nos eventos e entrevistas que o foco da marca é democratizar o acesso digital através do consumo. Ele acredita que “boas histórias salvam marcas e é o futuro do marketing", logo “ficar em cima do muro hoje não constrói engajamento, relevância ou comunidade".
Ao investir na personagem Lu, descrita na BIO do Instagram como especialista digital do #magalu e criadora de conteúdo, a empresa constrói uma marca que revela seu posicionamento na sociedade sobre alguns assuntos, se conecta com a audiência, gera engajamento e estabelece os seus valores sociais.
Tanto que a Magazine Luiza conseguiu alcançar clientes de todas as camadas sociais. Quer ver só? Quem aqui (pra você que está lendo o post) já comprou na loja física ou pelo site simplesmente pela conexão que teve com a marca? Conta nos comentários! Hahaha...
O post viralizou
Era de se esperar. A Lu é uma das representantes do movimento de combate à violência contra a mulher. Na primeira campanha sobre o assunto feita pela marca em 2019, a influencer apareceu com expressão séria por ter sido vítima de assédio. Vale destacar que:
A empresa entendeu que a personagem tem o papel de ajudar a potencializar histórias e conversas relevantes no contexto atual;
O tema é pertinente, principalmente agora diante do isolamento social em que o número de denúncias aumentou;
Tem relevância para a audiência;
A ação está em harmonia com os valores da marca.
Posicionamento da marca no cenário digital O levantamento nacional feito, de 28 de abril a 1º de maio, pela ESPM Rio (Escola Superior de Propaganda e Marketing), com 300 entrevistados, identificou que marcas que reforçam valores sociais se posicionando em apoio ao bem comum são mais lembradas pelos consumidores de forma positiva. Na pesquisa, a primeira empresa mais bem avaliada foi justamente a Magazine Luiza, em seguida vem Ambev, Rede D’Or, Itaú e iFood, respectivamente.
Em entrevista à revista Forbes BR, a pesquisadora da ESPM e responsável pelo levantamento, Karine Karam, avaliou que “nenhum marketing consegue fazer a empresa ser o que ela não é. A Luiza Helena Trajano se posiciona com clareza e os valores dela passam para a empresa. Ela, inclusive, deve inspirar outros empreendedores. "
A partir dessa fala de Karine, é importante frisar que a presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, é também presidente do Grupo Mulheres do Brasil, uma rede suprapartidária feminina que reúne mais de 40 mil mulheres espalhadas em todo o mundo.
O Grupo atua em diferentes esferas de poder para fomentar a adoção de políticas afirmativas e eliminar as desigualdades de gênero, raça e condição social, inclusive a temática de enfrentamento no combate à violência contra a mulher é uma bandeira levantada pelo Grupo, e apoiada pelo Magalu.
Ou seja, a maior brandchannel do varejo já tem um histórico nessa causa que está atrelada aos objetivos, posicionamento e imagem da marca.
Faz sentido?
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