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Liderar e ser liderado: o que diferentes tipos de liderança me ensinaram sobre comunicação e comportamento no trabalho

  • Foto do escritor: Danielle Lins
    Danielle Lins
  • 30 de out.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 1 de nov.

Ao longo de 10 anos de carreira, trabalhando com gestores de perfis variados, aprendi que a boa comunicação é o elo essencial entre líderes e equipes. Neste post, compartilho aprendizados reais sobre convivência profissional, comportamento e liderança.


Aprender com quem lidera e com quem se deixa liderar


Em qualquer ambiente de trabalho, estamos o tempo todo influenciando e sendo influenciados. Mesmo quando não temos um cargo de gestão, exercemos algum tipo de liderança — pela forma como nos comunicamos, tomamos decisões ou inspiramos os outros com atitudes.


Nesses dez anos de experiência como jornalista e assessora de comunicação, seja como contratada CLT ou prestadora de serviços, tive a oportunidade de trabalhar com muitos líderes, cada um com um estilo de liderança diferente.


Desde o início da minha trajetória profissional, entendi que trabalhar diretamente com a chefia requer habilidades específicas, que vão muito além da técnica. Com o tempo, fui aprendendo a desenvolvê-las. Costumo dizer que, quando se atua na área de comunicação, a relação com a liderança precisa ser construída sobre confiança e alinhamento.


Não existe comunicação estratégica se há ruído entre o comunicador e a gestão. É impossível criar uma estratégia integrada quando a base da relação está desconectada.

Na minha carreira, vivi várias situações: transições de chefia, líderes substituídos com pouco tempo de gestão, momentos em que fui liderada por mais de um gestor ao mesmo tempo e até a perda inesperada de um líder durante a gestão — o que nos fez seguir em frente sem uma nova liderança estabelecida.


E há um ponto importante: quando uma nova gestão assume e quer desfazer tudo o que foi construído anteriormente apenas para “deixar sua marca”, isso desestimula a equipe. Acontece muito em períodos de mudança de gestão. Aprendi que inovar é saudável, mas negar o que já foi feito é um erro que rompe vínculos e desmotiva. O verdadeiro líder sabe equilibrar continuidade e inovação.


Essas vivências me mostraram o quanto o setor de comunicação permite enxergar o comportamento da liderança de forma muito nítida. Observamos como decisões são tomadas, como o diálogo é conduzido e como a confiança é construída (ou não).


O advogado Valério Ático Leite foi um dos meus primeiros chefes. Mais tarde, me tornei sócia dele na AC Comunicação. Foto: Acervo pessoal (2014).
O advogado Valério Ático Leite foi um dos meus primeiros chefes. Mais tarde, me tornei sócia dele na AC Comunicação. Foto: Acervo pessoal (2014).

Comunicação: a ponte invisível entre líder e equipe


A postura de quem lidera influencia diretamente o clima da equipe. Um líder aberto ao diálogo cria um ambiente de confiança e pertencimento; já um perfil autoritário tende a gerar insegurança e silêncio — e nada é mais prejudicial à comunicação do que o medo de falar.


Nenhuma liderança é sustentável sem comunicação. É ela que conecta pessoas, dá sentido às metas e transforma ideias em ações.


Nessa jornada, percebi que comunicar bem não é apenas falar, é ouvir com atenção, entender o contexto e responder com empatia. Quando há espaço para o diálogo verdadeiro, líderes e liderados crescem juntos.

Mais do que transmitir informações, comunicar é alinhar percepções, fortalecer vínculos e criar um ambiente em que todos se sintam parte de algo maior.


Habilidades que aprendi ao longo dos anos


Trabalhar com diferentes tipos de liderança me ajudou a desenvolver um conjunto de habilidades essenciais para qualquer profissional, especialmente quem atua com comunicação corporativa:


  • Escutar com atenção o que a liderança propõe;

  • Observar o contexto antes de agir;

  • Analisar o todo, não apenas a demanda;

  • Saber lidar com diferentes perfis e personalidades;

  • Manter organização e processos bem definidos;

  • Estabelecer fluxos que facilitem a comunicação entre setores;

  • Ser transparente em tudo o que faz;

  • Articular com todas as áreas — afinal, comunicação é transversal;

  • Saber se posicionar com respeito, sem imposição, mas com segurança profissional;

  • Mostrar à chefia que ela pode confiar em você e no seu trabalho.


Essas atitudes constroem credibilidade. E credibilidade é o capital mais valioso de quem trabalha com comunicação.


Conduzindo o lançamento do AVA UFPE como cerimonial da EaD, ao lado da equipe gestora e do vice-reitor. Foto: Acervo pessoal (2021).
Conduzindo o lançamento do AVA UFPE como cerimonial da EaD, ao lado da equipe gestora e do vice-reitor. Foto: Acervo pessoal (2021).

Como lidar com líderes difíceis (sem perder a calma)


Também encontrei líderes com perfis desafiadores — aqueles que centralizam tudo, buscam reconhecimento excessivo ou têm dificuldade de confiar. Já lidei com gestores de autoestima fragilizada que, ao assumirem o poder, se comportavam como “reizinho do setor”.


Com o tempo, percebi que esse comportamento nasce de uma insegurança velada. E aprendi que o segredo está em lidar de forma estratégica, sem se desesperar nem perder a paciência. O verdadeiro líder não centraliza — ele multiplica.


A teoria dos pequenos poderes é real. Mas quem sabe dialogar e construir pontes, em vez de muros, ganha espaço e respeito. Não se trata de controlar, mas de conduzir  com coerência, sensibilidade e humanidade.



A partir das situações que vivenciei na minha carreira, esse livro me fez entender que muitos dos princípios de Maxwell se confirmam na prática.


Aqui estão algumas das leis que mais se destacam no contexto deste post:


  • A lei do limite – A capacidade de liderança define o nível de sucesso.

  • A lei da influência – Liderar é influenciar, não mandar.

  • A lei do processo – A liderança se desenvolve diariamente.

  • A lei da navegação – O líder enxerga antes, traça o caminho e guia a equipe.

  • A lei da adição – A liderança verdadeira faz os outros crescerem juntos.

  • A lei da base sólida – A confiança é o alicerce da influência.

  • A lei do respeito – Respeitar e ser respeitado é essencial.

  • A lei da intuição – Bons líderes percebem o que está além das palavras.

  • A lei da conexão – Liderar é também se conectar emocionalmente.

  • A lei do fortalecimento – Um líder verdadeiro ajuda a equipe a conquistar sucesso e autonomia.

  • A lei da imagem – O exemplo do líder molda o comportamento da equipe.

  • A lei do legado – Todo líder deve pensar no que deixará após sua passagem.


Essas leis mostram que liderança é mais sobre servir, desenvolver e inspirar do que sobre mandar e controlar.


As demais leis também trazem ensinamentos valiosos, que pretendo compartilhar em outro post aqui no blog.


O perfil do verdadeiro líder


Há líderes que buscam aplausos e validação constante — os chamados “jogadores narcisistas”. São aqueles que exageram no “eu”, esquecendo o “nós”.


Mas o líder que faz diferença é aquele que joga em equipe, o team player. Como disse Warren Buffett, quando contrata alguém, ele busca quem sabe trabalhar em time. E isso faz todo sentido: ninguém lidera sozinho.


No convívio com diferentes estilos de liderança, compreendi que liderar e ser liderado é um exercício contínuo de humildade, empatia e diálogo.


Mais do que entender de estratégia, é preciso entender de pessoas.


E você, como tem lidado com os diferentes tipos de liderança no seu ambiente de trabalho? E, mais importante, que tipo de líder você tem se tornado?


💡#Danindica

Quer se aprofundar no tema? Vale conhecer outros títulos de John C. Maxwell que abordam liderança e trabalho em equipe — alguns deles entraram na lista do The New York Times de livros mais vendidos:


Um beijo,

Fique com Deus e até o próximo post!




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