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Foto do escritorDanielle Lins

Ensinar para transformar

Atualizado: 5 de fev. de 2020

Rodeada de fotos da família, Adeílda mostra a sabedoria de quem sabe o valor de cada conquista e dificuldade enfrentada. Crédito: Diêgo Albuquerque Fotografia
Rodeada de fotos da família, Adeílda mostra a sabedoria de quem sabe o valor de cada conquista e dificuldade enfrentada. Crédito: Diêgo Albuquerque Fotografia

Ensinar é uma tarefa brilhante que exige muito esforço e dedicação dos profissionais que desempenham tal tarefa. Dona Adeílda Dias Sousa é uma deles. Ela fez parte da equipe fundadora do Núcleo de Supervisão Pedagógica de Vitória de Santo Antão, atual GRE, trabalhou em escolas estaduais e municipais. “Toda a minha vida foi assim, dedicada à educação, um ramo do conhecimento que eu gosto porque só há educação quando há transformação. Sempre fui muito exigente como professora. Então se a educação não transforma, ela não é educação”, assegura.


Inicialmente o trabalho como docente se deu no campo missionário no Sertão de Pernambuco, o qual durou quatro anos. “Sou natural de Caruaru. Quando casei fui para o Sertão. Em Afogados da Ingazeira fundei uma escola ligada à igreja. Depois passei no concurso do Estado e fiquei atuando em uma escola de lá. Trabalhei em seis municípios, além de ensinar de forma gratuita, fazíamos encontros espirituais nessas cidades. Foi um trabalho muito sério e que valeu muito a pena”, revela.


De Afogados da Ingazeira partiu para Sertânia, na qual organizou outra escola também junto à igreja. Depois veio para Vitória onde desenvolveu a maior parte do magistério. “Quando cheguei aqui estava com cinco anos de magistério, trabalhei no Colégio Dias Cardoso. Fiz o teste no Núcleo de Supervisão Pedagógica que é a atual GRE e ingressei na equipe fundadora”, declara.


Aos 72 anos, dona Adeílda é viúva e teve um casal de filhos, a filha faleceu. Ela é formada em Pedagogia com especialidade em Planejamento e Práticas Educacionais, e passou 18 anos na formação de professores. “Trabalhando no município, fiquei sendo professora do magistério do Colégio Três de Agosto. As pessoas costumam dizer que o curso de magistério daqui é dividido em duas partes: com Adeílda e sem Adeílda. Quando saí do magistério fui ser diretora no Colégio Pedro Ribeiro, onde fiquei até me aposentar pelo município”, relembra.


Responsável por atualizar a grade curricular das escolas de Vitória, na época do secretário de Educação Guido Galvão, dona Adeílda passou 27 anos em sala de aula. “Nós organizamos a Escola de Aplicação no Colégio Três de Agosto para atender ao estágio do magistério. Selecionávamos professoras que saiam do curso de magistério, as professoras que se destacavam iam para a Escola de Aplicação. Também cheguei a colaborar na Escola Polivalente, sendo diretora do Centro de Materiais Audiovisuais”, explica.


Sócia do Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão e acadêmica da Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência, dona Adeílda mesmo aposentada não abre mão de estar na ativa. “Estou na diretoria da Academia como tesoureira. Tenho um envolvimento muito grande na Igreja Presbiteriana, onde cresci. Faço palestras, sou secretária da Igreja Presbiteriana do Brasil, professora de Escola Dominical e ainda tenho uma função no Instituto Filantrópico Evangélico de Pernambuco, uma casa de longa permanência”, enfatiza.


A todo o momento dona Adeílda colocou amor em tudo que fez, sempre preferiu trabalhar com pessoas. “O curso de magistério foi um dos períodos que mais gostei da minha vida profissional. Eu sempre digo que as maiores vitórias em guerra foram as batalhas mais sangrentas. Então só tem valor quando você derrama suor e queima as pestanas. Sem luta não se consegue, é lutar e chegar ao alvo”, conclui.


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