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  • Foto do escritorDanielle Lins

Do universo virtual ao Closet João e Maria

Atualizado: 30 de jan. de 2020

O sonho realizado pela empreendedora Patrícia se concretizou após muito estudo e esforço. Crédito: Diêgo Albuquerque Fotografia
O sonho realizado pela empreendedora Patrícia se concretizou após muito estudo e esforço. Crédito: Diêgo Albuquerque Fotografia

Sonho todo mundo tem, mas nem todo mundo consegue realizá-lo. No caso de Ana Patrícia de Santana Xavier, o sonho foi concretizado há pouco tempo, quando ela transformou o terraço da clínica do marido na loja de vestuário infantil Closet João e Maria. “Minha loja foi um sonho antigo, sempre quis montar o meu negócio, mas com tantas tarefas por ser esposa, mãe, profissional, e não ter dinheiro suficiente eu adiei. Mas teve uma época na clínica que o meu marido não conseguia atender os pacientes e administrar ao mesmo tempo, foi quando comecei a ajudar na área administrativa e descobri a paixão pelo empreendedorismo”, enfatiza.


Patrícia tem 37 anos, é natural de Chã de Alegria, tem três filhos: Mariana (18 anos), João Vinicius (10 anos) e Maria Clara (8 anos), é enfermeira e pós-graduada em Auditoria em enfermagem e Gestão hospitalar. Assim como todo empreendedor ela precisou fazer escolhas e renúncias para o projeto dar certo. “Comecei o mestrado, mas não estava feliz e desisti. Tenho muito amor pela minha profissão, mas uma das coisas que me deixa afastada dela é a falta de reconhecimento profissional, por isso também que decidi alimentar o meu sonho que ganhou mais força quando engravidei da minha filha mais nova”, esclarece.


De olho nas mídias sociais, Patrícia interagia com outras mães que encontrava nas comunidades do antigo Orkut através do perfil pessoal “Doce Encanto da Clarinha”, depois migrou para o Facebook. “A gente ia adicionando cada mãe e isso se expandiu de uma forma que quando o Facebook foi criado cada uma migrou pra lá com o mesmo nome”. O perfil no Facebook que servia de compras para a filha permitiu conhecer várias marcas, fazer amizades, além de vender abaixo do preço as roupas que não usava mais na filha. “O “Doce Encanto da Clarinha” ainda existe e tem mais de seis mil pessoas, me distanciei dele, mas quando tenho dúvidas recorro pra lá”, explica.


A partir da experiência de nove anos nesse universo digital, o contato com as mães de vários cantos do Brasil e do mundo, fez com que Patrícia tivesse em mente a direção para iniciar o negócio. “A maioria dessas mães virou lojista, criou o próprio negócio na cidade delas. Quando decidi montar a minha loja já fui programando tudo. Em 2017, entrei em contato com alguns representantes, usei a capacidade administrativa que adquiri e dei a “cara a tapa” para o meu negócio. Em janeiro, comecei a reforma do espaço e em março eu abri. Foram noites acordadas pesquisando no YouTube, Google, assistindo a palestras de microempreendedores”, conta.


Com o instinto maternal, três filhos e por gostar de vesti-los bem, Patrícia optou pelo ramo infantil. O nome da loja vem da junção entre João (do filho) e Maria (da filha) que remete também ao conto infantil João e Maria, já o termo closet veio da ideia do perfil pessoal no Facebook. “Sempre fui uma mãezona de ir atrás de coisas diferentes e confortáveis, mas tinha dificuldades de encontrar pelos meus filhos serem bem maiores que a idade. Costumava achar roupas muito adultas, não conseguia mais vestir os meus filhos com aquele ar infantil que procurava, e por já ter trabalhado como enfermeira em pediatria tudo levou a ficar mais voltada o universo da criança”, detalha.


Na busca de resgatar a particularidade de cada mãe, Patrícia tenta oferecer variedades nos produtos da loja que é um verdadeiro quarto de boneca. “Tenho mães numa faixa etária que vai dos 24 anos até os 45, e crianças de 0 até os 16 anos. O meu compromisso é de conseguir roupas a essas crianças para que elas não fiquem tão maduras antes do tempo, pois acredito que tudo tem o momento e o local”, pontua.


Engajada e comprometida no seu empreendimento, Patrícia abraçou a causa, acreditou e fez as pessoas acreditarem também. Tanto que toda a família se envolve, a filha mais velha ajuda, a sobrinha é o braço direito, principalmente quando precisa se ausentar, e o marido fica por trás dos bastidores. “Eu pretendo consolidar esse sonho que já existe, treinar pessoas que possam me ajudar porque acho muito importante quando você cria um negócio e outras pessoas são beneficiadas”, confessa.


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