“Arte que oferece sabor” é assim que Evandir de Almeida Galindo costuma apresentar seus bolos confeitados há 21 anos, na cidade de Vitória de Santo Antão. A “brincadeira”, como ela mesma intitula, começou em casa fazendo bolo para os filhos, quando uma amiga lhe convidou para preparar o bolo dela de casamento. Evandir, bem que tentou recusar a proposta, mas não teve jeito, fez e foi um sucesso, na verdade era a vida lhe trazendo a oportunidade de produzir arte em forma de bolo.
Aos 61 anos, com três filhos casados, ela consolidou o próprio negócio com o apoio da família, possui uma equipe com 10 pessoas, em que oito são mulheres, responsáveis pela produção que fica no ateliê, e mais duas pessoas, o filho e a nora, que trabalham na loja, o espaço de vendas e encomendas, situado no centro da cidade. Hoje, Evandir Galindo Bolos Artísticos, atende clientes de Vitória e cidades circunvizinhas como Gravatá, Caruaru, Glória do Goitá e Escada.
Mas no início não foi bem assim, Evandir lembra com bom humor que precisou vender os bolos na feira de Vitória com a ajuda da família, pois ainda não tinha loja naquela época. “Comecei a empreender em casa e, só oito anos depois que abri a loja. Os filhos ajudam, um trabalha na loja com a esposa, o mais novo mexe a massa do bolo e o marido é quem compra o material, toda família está engajada na minha arte, no meu empreendimento”, ressalta.
Pouco a pouco foi se aperfeiçoando, tomando gosto pela coisa, busca se atualizar e modernizar dentro da área, pois o maior desafio é colocar em prática um trabalho exclusivo. Já participou de cursos na Argentina, em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que a deixa mais inspirada para trazer novidades ao seu negócio. “É uma arte que a gente joga todo o amor, o principal ingrediente nesse trabalho. Conquistei esses 21 anos de profissão oferecendo qualidade e sabor a toda clientela e é gratificante ver a satisfação do cliente e o reconhecimento do trabalho”, enfatiza.
Evandir tem uma rotina intensa, digna de uma mulher que inspira, inicia logo cedo pela manhã e dura até tarde da noite muitas vezes, administrando o tempo com o trabalho no ateliê e como dona de casa, mas confessa ter dificuldades em arranjar momentos para descansar diante de tanto trabalho. “Muito difícil tirar tempo para mim, eu só viajo em eventos. Hoje em dia o meu momento é aos domingos à tarde em que descanso ou visito familiares”, conta.
Mesmo diante das conquistas, essa mulher de expressão que empreende com muita garra e amor, não cogita parar por aqui, ao contrário, continua em busca de mais oportunidades, principalmente adquirir um ateliê próprio, pois o atual é alugado. “Planejo ter o meu próprio ateliê que seja moderno, com loja de fábrica, sala para descanso, um refeitório. Às vezes bate um pouco de cansaço, desânimo, mas a gente segue em frente, porque é meu meio de sobrevivência e faço com amor”, revela.
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