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Foto do escritorDanielle Lins

LIVE 2 "Como o empreendedorismo feminino ajuda no enfrentamento à violência contra a mulher"

Atualizado: 5 de ago. de 2020





Quem participou da segunda live da série Empreender com propósito dessa quinta-feira (23), com o tema “Mulher empreendedora - Como o empreendedorismo feminino pode ajudar no enfrentamento à violência contra a mulher”, foi a advogada Daniela Mello.


Exemplo de quem entendeu o propósito e está influenciando através dele, Daniela Mello, além de advogada, é escritora, professora de Direito Processual Cível, palestrante da Escola Superior da Advocacia, membra da Comissão da Mulher Advogada da OAB/seccional-PE, e líder do Comitê Combate à Violência Contra a Mulher do Grupo Mulheres do Brasil/Núcleo Recife.


A partir das vivências dolorosas que experimentou no próprio lar, por ter sido vítima de violência doméstica, Daniela Mello, lançou o primeiro livro infantil “As incríveis aventuras de Tão Tão, que Neném!” @taotaoaventureiro, no início do ano, destinado a contribuir para a formação das crianças.


Agora ela está dando largada ao projeto do Instituto Xegamiga @xegamiga, criado por um pequeno grupo de mulheres para ajudar outras mulheres, oferecendo uma rede de acolhimento jurídico e psicológico, e cursos.


A live ficou salva no IGTV, confere no link: https://www.instagram.com/p/CDARYpJKZ7k/




1. Não há amor onde há desrespeito

Mais de 80% da violência contra a mulher é praticada pelos companheiros e ex-companheiros, 66% dos feminicídios acontecem dentro de casa, ou seja, a mulher dorme com o inimigo.


Segundo a Lei Maria da Penha as violências são várias:


Violência física

Violência moral

Violência patrimonial

Violência sexual


Só denunciando que consegue romper esse ciclo perverso do silêncio que aniquila e mata tantas mulheres todos os dias. Não se cale!


2. Propósito + causa = movimento

Quando você se move no propósito você não sente o tempo passar.


Quando você move no propósito é como se disparasse um gatilho e tudo que aconteceu na sua vida ganha um sentido diferente.


Você entende que o seu aprendizado é uma lição que agora é útil para ajudar outras vidas.


Todo tempo de experiência vivencial é útil quando consegue encontrar até na dor uma lição para reinventar a vida a partir de quem você é.


3. A dor que conecta

Não se pode falar de uma essência única feminina, pois cada mulher é um universo seu e particular. Mulheres múltiplas, mulheres diversas, de muitos recortes.


Quando você consegue transcender e encontrar a sua essência, encontra a iluminação existencial e não tem como guardar essa verdade só pra você, o retorno é natural.


“A minha dor é a dor de muitas mulheres que morrem todos os dias, vítimas dessa mesma dor, e é essa dor que me conecta com todas elas, eu encontrei um propósito maior pra minha vida e isso esquenta o meu coração.”


4. A solução é muito mais complexa

Não se trata apenas de registrar um boletim de ocorrência. A mulher precisa de:


Acolhimento;

Apoio psicológico e jurídico;

Capacitação para empregabilidade.


É necessário fortalecer essas mulheres e dizer que elas não estão sozinhas. O empreendedorismo é fundamental porque esse empoderamento não perpassa apenas no despertar da consciência, mas financeiro.


É uma causa interdisciplinar, que movimenta todas as esferas sociais e precisa de uma sororidade real, ações efetivas e exemplos, pois a gente transforma a realidade a partir de práticas e não de discurso.


5. Criminalizar o agressor é pedagógico

O Brasil tem a terceira melhor lei do mundo de enfrentamento à violência contra mulher, a Lei Maria da Penha só perde para o Chile e a Espanha.


Temos delegacias especializadas em crimes praticados contra mulheres.


Temos uma rede de apoio e varas especializadas.


Mas toda essa estrutura não dá vazão à demanda que é enorme. A Lei Maria da Penha é clara em dizer que essas mulheres têm que ser atendidas por mulheres, mas na prática são mulheres atendidas por homens, mas falta de pessoal, equipamento, espaço e acolhimento.


6. Faça parte de grupos comprometidos com a sua causa

Grupos que buscam criar pontes e conexões, movendo no social para atuar em questões relevantes;


Que estrutura várias ações, momentos de debates e reflexão, campanhas, parcerias, projetos de responsabilidade social, levam a pauta dentro de todos os recortes.


“Uma dor dividida é sempre meia dor. Encontrar um apoio é fundamental para que a mulher possa ressignificar a vida dela.”


7. É estruturar para poder executar

O sonho conectado com esse propósito, mas movido por autorresponsabilidade. Não adianta sonhar com algo que comunica com a essência da gente, se não temos autorresponsabilidade, a responsabilidade de mover e colocar esse sonho pra frente”.


É um processo de perseverança, foco, organização e planejamento.



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