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Foto do escritorDanielle Lins

Da força de uma mulher ao império de calçados

Atualizado: 30 de jan. de 2020

Tânia já foi costureira e, mesmo aposentada, não para de empreender. Crédito: Diêgo Albuquerque Fotografia
Tânia já foi costureira e, mesmo aposentada, não para de empreender. Crédito: Diêgo Albuquerque Fotografia

Conhecer de perto a história da Loja Tânia, localizada no Centro de Vitória de Santo Antão, é se deparar com uma história de perseverança da empreendedora Maria Montânia Almeida da Silva, conhecida mais por Tânia, que aos 67 anos coordena três lojas do ramo de calçados na cidade. “Comecei tudo como costureira, costurando para fora, depois fazendo roupas e vendendo já prontas. Fui sacoleira por muito tempo, vendia joias pelas portas até tarde da noite. Por motivos de saúde deixei a costura e passei a negociar e vender em banco de feira durante muitos anos”, revela.


Mãe de três filhos, na época sem condição financeira, Tânia para ajudar o marido exercia as atividades profissionais conciliando com os afazeres de mãe e dona de casa. “Minha vida foi muito corrida, muitas das vezes eu não dormia porque ia costurar para realizar as entregas no outro dia. Na alta madrugada para segurar o sono e conseguir terminar as costuras, pegava uma bacia com água e gelo e colocava os pés dentro. Às 4 horas dava um cochilo, e entre às 5 ou 6 horas da manhã estava de pé”, diz esmiuçadamente.


Nessa empreitada, Tânia não abria mão dos filhos. Eles que acompanharam todo o processo, hoje ajudam a dar continuidade ao trabalho. “Meu filho Marcelo quando pequeno levava comigo, colocava debaixo do banco de feira numa caixa forrada com a toalhinha, mamadeira e água, enquanto os outros dois estavam na escola. Abraçando esta causa, eu criei os meus filhos no comércio, trabalhando, trazia eles para cá e passamos por tudo”, conta.


Integrando o ramo de calçados, Tânia precisou alugar um local para iniciar e consolidar o negócio, o atual espaço que funciona a Loja Tânia era pequeno. “O dono foi me procurar para eu alugar, disse que não tinha dinheiro, mesmo assim resolvi enfrentar porque toda vida eu fui muito perseverante. Aumentei o local, compramos um terreno atrás, construímos o estoque e fizemos a loja grande”, lembra.


Para expandir o negócio que vem dando certo, além da Loja Tânia, foram inauguradas a DMD e a Lola Julie, a mais nova, ambas do mesmo segmento de calçados. “A DMD oferece marcas mais exclusivas existentes no mercado, já a Lola Julie é uma marca própria da Loja Tânia que a gente conseguiu inaugurar com produto nosso. Os calçados têm o estilo mais na moda com o preço mais acessível”, explica.


Viúva e já aposentada, Tânia continua com o dia corrido, acordando cedo, dando assistência às lojas e ainda reserva um tempo para cuidar da saúde. “Eu me considero uma guerreira e vencedora, sou muito orgulhosa por ter passado por tudo isso. Fui uma simples costureira, depois uma simples banco de feira e camelô com todo orgulho. Com muita garra, sacrifício e correria chegamos onde estamos”, enfatiza.


Tânia esclarece que o principal desafio é vencer os obstáculos da vida e do comércio. “Não é fácil ter um comércio hoje, a crise é um exemplo, mas com Deus que me dá saúde, coragem, força, inteligência e garra a gente leva a frente e vai superando as dificuldades”. Sem pensar em parar, essa mulher de expressão busca conquistar mais espaço. “Meu sonho não é de parar por aqui, é de crescer, de gerar mais empregos, de termos uma empresa com mais capacidade. Tenho os meus filhos, principalmente Marcelo que está de frente comigo, além da minha filha e meu neto que trabalham aqui com a gente”, encerra.


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