
“Obstáculo para mim não é nada”. Este é o lema da empresária e proprietária da Padaria Doce Pan, Isabella Diniz Férrer de Morais, de 59 anos. Bacharel em Direito, com dois filhos, Isabella é uma mulher de muita garra que assumiu toda a responsabilidade de ser mãe e pai ao mesmo tempo. “Quando meus filhos estavam pequenos, um com 11 anos e outro com 5, me separei e eduquei sozinha. Isso não é fácil principalmente nos dias de hoje, é preciso ter muita garra e determinação”, afirma.
Diariamente Isabella costuma iniciar a rotina bem cedo pela manhã para abrir a padaria, faz questão de encerrar pessoalmente o expediente e, durante o trabalho, de atender os clientes para saber a opinião deles em relação ao estabelecimento além de fazer amizades. “Entre um cliente e outro me aproximo, ofereço às vezes uma fatia de bolo ou um pão novo e peço a opinião para saber se gostaram ou não”, esclarece.
“A mulher que é empreendedora nos dias de hoje não é fácil por causa do tabu de que mulher é para casar, ter filhos e passar o dia em casa esperando o marido”, acrescenta Isabella que há 25 anos tomou a decisão de ir para o mercado de trabalho, embora seja de uma família tradicional e conhecida em Vitória de Santo Antão. “Nunca quis me escorar em meus pais, sempre fui uma mulher de enfrentar, de não medir esforços, de não ter medo de metas”, relata.
Na tentativa de conciliar a vida pessoal e profissional, Isabella escolhe a determinação para conduzir esse caminho, os filhos são compreensíveis e disponíveis na hora em que a mãe precisa. “Tenho filhos companheiros, Antônio Carlos tem 35 anos e Renato 29, eles trabalham na própria empresa de transportes, mas estão sempre prontos a me ajudar, todos os dias à noite estão aqui na padaria”, diz Isabella que não conteve as lágrimas ao falar deles.
Ao longo desses anos, Isabella sempre tenta inovar no seguimento que atua, busca participar de cursos e oferecer o melhor ao cliente, inclusive a meta é permanecer na área de alimentos trazendo novidades ao público da Padaria Doce Pan. “Vou anualmente duas ou três vezes à São Paulo para fazer cursos, procurar novidades em feiras, tento sempre me atualizar com o que tem de moderno e novo em nosso país”, garante.
Discreta e reservada, é difícil perceber as dores alojadas dentro dessa mulher que não dá ponto sem nó, até porque ela nem faz questão de demonstrar, ao contrário, busca encorajar outras mulheres a não desistirem. “Nunca é tarde para se começar alguma coisa em nossa vida, eu só comecei a trabalhar depois que eu tive os meus dois filhos e quando o meu caçula tinha 5 anos de idade. Sempre achei que era a hora de iniciar, pois nunca é tarde para tentar aquilo que almeja e tem vontade”, evidencia.
Gostou desse conteúdo? Deixe o seu comentário e compartilhe com os amigos.
Comments