Danielle Lins

24 de jul de 20203 min

LIVE 2 "Como o empreendedorismo feminino ajuda no enfrentamento à violência contra a mulher"

Atualizado: 5 de ago de 2020

Quem participou da segunda live da série Empreender com propósito dessa quinta-feira (23), com o tema “Mulher empreendedora - Como o empreendedorismo feminino pode ajudar no enfrentamento à violência contra a mulher”, foi a advogada Daniela Mello.

Exemplo de quem entendeu o propósito e está influenciando através dele, Daniela Mello, além de advogada, é escritora, professora de Direito Processual Cível, palestrante da Escola Superior da Advocacia, membra da Comissão da Mulher Advogada da OAB/seccional-PE, e líder do Comitê Combate à Violência Contra a Mulher do Grupo Mulheres do Brasil/Núcleo Recife.

A partir das vivências dolorosas que experimentou no próprio lar, por ter sido vítima de violência doméstica, Daniela Mello, lançou o primeiro livro infantil “As incríveis aventuras de Tão Tão, que Neném!” @taotaoaventureiro, no início do ano, destinado a contribuir para a formação das crianças.

Agora ela está dando largada ao projeto do Instituto Xegamiga @xegamiga, criado por um pequeno grupo de mulheres para ajudar outras mulheres, oferecendo uma rede de acolhimento jurídico e psicológico, e cursos.

A live ficou salva no IGTV, confere no link: https://www.instagram.com/p/CDARYpJKZ7k/

Também está disponível no nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=7m5B3jVj4pc&list=PL1ADZAT1Dkgc-52XPl43Orwy_i3dX86DB&index=3

1. Não há amor onde há desrespeito

Mais de 80% da violência contra a mulher é praticada pelos companheiros e ex-companheiros, 66% dos feminicídios acontecem dentro de casa, ou seja, a mulher dorme com o inimigo.

Segundo a Lei Maria da Penha as violências são várias:

Violência física

Violência moral

Violência patrimonial

Violência sexual

Só denunciando que consegue romper esse ciclo perverso do silêncio que aniquila e mata tantas mulheres todos os dias. Não se cale!

2. Propósito + causa = movimento

Quando você se move no propósito você não sente o tempo passar.

Quando você move no propósito é como se disparasse um gatilho e tudo que aconteceu na sua vida ganha um sentido diferente.

Você entende que o seu aprendizado é uma lição que agora é útil para ajudar outras vidas.

Todo tempo de experiência vivencial é útil quando consegue encontrar até na dor uma lição para reinventar a vida a partir de quem você é.

3. A dor que conecta

Não se pode falar de uma essência única feminina, pois cada mulher é um universo seu e particular. Mulheres múltiplas, mulheres diversas, de muitos recortes.

Quando você consegue transcender e encontrar a sua essência, encontra a iluminação existencial e não tem como guardar essa verdade só pra você, o retorno é natural.

“A minha dor é a dor de muitas mulheres que morrem todos os dias, vítimas dessa mesma dor, e é essa dor que me conecta com todas elas, eu encontrei um propósito maior pra minha vida e isso esquenta o meu coração.”

4. A solução é muito mais complexa

Não se trata apenas de registrar um boletim de ocorrência. A mulher precisa de:

Acolhimento;

Apoio psicológico e jurídico;

Capacitação para empregabilidade.

É necessário fortalecer essas mulheres e dizer que elas não estão sozinhas. O empreendedorismo é fundamental porque esse empoderamento não perpassa apenas no despertar da consciência, mas financeiro.

É uma causa interdisciplinar, que movimenta todas as esferas sociais e precisa de uma sororidade real, ações efetivas e exemplos, pois a gente transforma a realidade a partir de práticas e não de discurso.

5. Criminalizar o agressor é pedagógico

O Brasil tem a terceira melhor lei do mundo de enfrentamento à violência contra mulher, a Lei Maria da Penha só perde para o Chile e a Espanha.

Temos delegacias especializadas em crimes praticados contra mulheres.

Temos uma rede de apoio e varas especializadas.

Mas toda essa estrutura não dá vazão à demanda que é enorme. A Lei Maria da Penha é clara em dizer que essas mulheres têm que ser atendidas por mulheres, mas na prática são mulheres atendidas por homens, mas falta de pessoal, equipamento, espaço e acolhimento.

6. Faça parte de grupos comprometidos com a sua causa

Grupos que buscam criar pontes e conexões, movendo no social para atuar em questões relevantes;

Que estrutura várias ações, momentos de debates e reflexão, campanhas, parcerias, projetos de responsabilidade social, levam a pauta dentro de todos os recortes.

“Uma dor dividida é sempre meia dor. Encontrar um apoio é fundamental para que a mulher possa ressignificar a vida dela.”

7. É estruturar para poder executar

O sonho conectado com esse propósito, mas movido por autorresponsabilidade. Não adianta sonhar com algo que comunica com a essência da gente, se não temos autorresponsabilidade, a responsabilidade de mover e colocar esse sonho pra frente”.

É um processo de perseverança, foco, organização e planejamento.

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